quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mais do Mesmo

Outro dia peguei uma carona com uma vizinha de Macacos. Afinal, morando aqui e sem carro, a tal da carona bem que salva.


Pois bem. Subimos a estradinha de Macacos e, quando caímos na BR-040, congestionamento. A pista de descida tava em obra de recapeamento, apesar desse trecho ter sido totalmente renovado quatro anos atrás para o encontro do Mercosul em Ouro Preto. Alias, li o PDF publicado pela empresa que fez um trecho da obra e, surpreendentemente, a explicação para o desgaste do asfalto foi: "Degradação do pavimento da BR-040 em função de tráfego pesado de caminhões, levando ao aparecimento de trincas generalizadas". Fantástico, ninguém tinha pensado nisso! E quem os impede de andar acima do peso? Mas não era disso que eu queria falar.

Enquanto prosseguíamos lentamente rodovia abaixo, fomos conversando sobre os congestionamentos, problema recorrente em toda grande cidade. Interessante isso: a cidade vai crescendo além de seus limites e as vias passam a não suportar mais tantos veículos em trânsito. Minha vizinha falou algo que ela escutou de um especialista, e que não dexa de ter sentido. Disse que o problema do trânsito não tem solução mesmo: se todos decidissem utilizar transporte coletivo, ele entraria em colapso. Alargar suficiente as ruas e avenidas, além de inviável do ponto de vista de planejamento urbano, seria apenas um paliativo; mais cedo ou mais tarde o volume de carros alcançaria novamente o limite. E transitar não é uma opção, é uma necessidade. Em BH realizam-se cerca de 4,2 milhoes de deslocamentos por dia, nao só de carro e ônibus, é claro, mas principalmente assim. O Detran-MG emplaca em média 500 veículos por dia. A frota da capital atingiu, em 2007, o marco de um milhão de veículos, e cresce de 4% a 7% ao ano desde 1999.

A região sul de BH (falo dela porque é onde vejo todos os dias, certamente não é só aqui) passa recentemente por intensas mudanças de uso de solo. Sion, Belvedere, Seis Pistas, Vale do Sereno e Vila da Serra vêem prédios novos surgirem assustadoramente, ocupando lotes onde antes havia casas ou... ou nada mesmo. Interessante como se acha que as vias vão suportar todo esse contingente circulando.

Mais uma inconveniência da superpopulação...

Bom, pra aliviar um pouco a cabeça desses assuntos enfumaçados, vou colocar uma foto do mato, que tirei onde vou de vez em quando estudar certas sempre-vivas.



Um comentário:

  1. A relaçaõ de carros per capita no Brasil é de aproximadamente 2, 3 por um. Nos EUA essa relação é de cerca de um para um, mesmo assim, lá tem menos engarrafamentos do que aqui. Eles investiram em transporte coletivo como o metrô e também em grandes ampliações de vias, o que também fundamental.

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